sábado, 28 de abril de 2012

Livro Psicologia do Desporto para Atletas - RECOMENDA-SE


Livro Psicologia do Desporto para Atletas



Autor:  António de Paula Brito
TEXTO EDITORES – Textos de Desporto – direcção Luís Horta
António de Paula Brito
O O livro visa disponibilizar técnicas da Psicologia do Desporto





Este livro procura estabelecer uma panorâmica da Psicologia do Desporto de uma forma clara e acessível.

Começando pelas definições e conceitos, percorre as suas múltiplas aplicações expostas por assuntos ou temas que podem ser lidos isoladamente, embora a sua sequência obedeça a uma lógica na relação da psicologia com o desporto.

A aprendizagem, o treino, a preparação para a competição, o controlo emocional, a competição e o seu resultado, a vitória, a derrota, a manutenção ou melhoria da «forma» e da condição física, a superação, assim como a relação entre colegas e com os opositores, com os treinadores e com os dirigentes, com o público e com a comunicação social são alguns dos temas principais. De igual modo, os maus resultados, as lesões, os conflitos, o abandono e a prática desportiva durante toda a vida são objecto de reflexão.

No seu conjunto, a Psicologia do Desporto procura o equilíbrio e o bem-estar do atleta, a sua superação e o contributo positivo das vivências desportivas para todos os outros aspectos da vida.

Conteúdos
1. O que é a Psicologia do Desporto
2. Factor psicológico
3. Papel do psicólogo no desporto
4. Desporto
5. Fenómenos psicológicos específicos do desporto
6. Preparar uma prova
7. Popularidade, fama, glória
8. Relação treinador - atleta
9. Alimentação
10. Viagens e estágios
11. Sexo e desporto
12. Manias e superstições
13. O clube
14. Influência da família
15. O público
16. Adversários
17. Os media
18. Esforço e dor
19. O abandono precoce
20. A reforma do atleta

Anexos: Fichas de observação do comportamento em competição

Características

Autor:
António de Paula Brito
Nº páginas:
115 páginas no formato 13 x 21 cm




quinta-feira, 19 de abril de 2012

A ESCOLHA DOS ITINERÁRIOS (II)



COMO ESCOLHER ENTRE VÁRIOS ITINERÁRIOS

Salvo raras excepções, a arte de traçar percursos consiste em propor ao orientista várias opções entre dois pontos de controlo.

A primeira tarefa do orientista, depois de ter definido o ponto de ataque (*) do próximo ponto de controlo, é escolher o itinerário que o conduzirá a esse ponto. Relembremos que este itinerário se constrói “às avessas”, partindo do ponto de controlo para onde queremos ir até à baliza onde ainda nos encontramos.

(*) – Ponto de Ataque = é geralmente um ponto de passagem (obrigatória) que o orientista fixa para o ajudar a descobrir a baliza sem perda de tempo. Deve ter as seguintes características: estar próximo da baliza; deve ser fácil de encontrar e o atleta deve poder correr rápido até ele; a partir deste ponto o orientista deve abrandar e a procura do ponto de controlo deve ser o mais segura possível.

Para optar entre vários itinerários possíveis, é necessário apoiar-se em dois critérios:
1.  A segurança percepcionada do itinerário. O orientista deve avaliar, em função do seu nível técnico e experiência, que probabilidades tem em realizar o itinerário, sem cometer erros, até ao ponto de ataque do próximo ponto de controlo – 100% de segurança, corresponde idealmente a um itinerário sem erros.
2.  A rapidez esperada para realizar o itinerário. Que tempo gastarei para descobrir o ponto de ataque ?  Torna-se pois necessário somar duas durações: a que vai do ponto onde estamos até ao ponto de ataque do próximo ponto de controlo, mais a distância do ponto de ataque até ao ponto de controlo para onde nos dirigimos.

Um bom traçado do percurso caracteriza-se por propor vários itinerários possíveis, sem que nenhum conjugue ao mesmo tempo a segurança e a rapidez máximas. A escolha do melhor itinerário ou do itinerário mais pertinente deve fazer-se tendo em conta estas duas percepções, sendo sempre estas, próprias a cada indivíduo. Para um mesmo indivíduo estas percepções podem modificar-se segundo o seu estado de fadiga, a sua concentração ou a sua facilidade particular em correr neste ou naquele tipo de terreno. Na parte final de uma prova, o orientista fatigado terá a tendência em optar por itinerários mais seguros, deixando alongar o seu trajecto. O tempo suplementar induzido por este alongamento do percurso é no entanto inferior às perdas de tempo resultantes de estados físicos ou mentais em stress.

Há pois todo o interesse para o orientista em progredir tecnicamente para, nomeadamente, poder optar por itinerários mais rápidos, mantendo o mesmo grau de segurança. Este grau de segurança depende em parte da leitura do mapa aquando da escolha do itinerário a seguir – em que elementos fiáveis do terreno, facilmente identificáveis pelo orientista, deverá ele apoiar-se ? – e da sua leitura do mapa em corrida, fazendo a relação com o terreno que vai desfilando aos seus olhos.

Escolher o melhor itinerário supõe que o orientista identificou todos os itinerários possíveis. Num bom traçado de percurso, raramente os melhores itinerários saltam aos olhos. Examinar o percurso nos dois sentidos – do ponto para onde queremos ir para o ponto onde estamos e vice versa – permite por vezes descobrir um novo trajecto (opção) possível.

Em caso de dúvida, é de privilegiar sempre o itinerário mais seguro, nomeadamente em relação ao itinerário até ao ponto de ataque.

É preciso relembrar também que, de uma maneira geral, em áreas de terrenos muito técnicos e íngremes, quanto mais difícil é a leitura do mapa tanto mais penoso é correr nessas zonas. Há também que avaliar a relação entre o “desnível economizado e a volta suplementar” para comparar a rapidez dos itinerários. Se essa relação for superior a 10 – por exº: 300 metros a mais para 30 metros de desnível a menos – o desvio (volta suplementar) não é rentável.

Enfim, nas provas longas um terceiro factor influencia a escolha do itinerário (fora a rapidez e a segurança). Trata-se de orientista saber gerir eficazmente o seu potencial físico – ele deve apoiar-se nas suas qualidades e nas suas fraquezas: corrida todo-o-terreno, corrida em encostas, corrida em caminhos, …



EM QUE MOMENTOS DO PERCURSO SE DEVEM FAZER AS ESCOLHAS DOS ITINERÁRIOS ?

A ESCOLHA DO ITINERÁRIO PODE FAZER-SE EM DOIS MOMENTOS DISTINTOS

1. Regra geral e de maneira preferencial, a escolha do itinerário faz-se – caso não seja possível antecipar – à saída do ponto de controlo. Nesta situação, o orientista deve fazer a escolha no ponto de controlo e não a 30 ou 50 metros ao lado (para não assinalar o local da baliza com a sua presença !!!). Nesta circunstância, afastar-se da baliza 50 metros sem qualquer controlo, uma vez que ainda não escolheu o itinerário, é, na maior parte das vezes, uma fonte de erro. O atleta deve permanecer na sua “bolha”, concentrado na sua orientação e não se deixar perturbar pelos outros concorrentes. Na realização de um itinerário, tanto o ataque à baliza como a saída do ponto constituem os dois momentos mais delicados. A direcção (azimute) tomada deve ser estimada, sempre que possível , com a maior precisão, tanto num como no outro caso.

2. A escolha do itinerário pode ainda fazer-se por antecipação ao longo de um percurso parcial simples, um ou vários pontos antes. Regra geral, o orientista deve focalizar-se nos futuros pontos de controlo mais difíceis. É claro que o atleta deve ter um ponto de referência bastante evidente do percurso que está a efectuar para retomar o contacto mapa-terreno, dado que o mais importante, é, seguramente, realizar correctamente o itinerário que ele está a fazer nesse instante.

A facilidade que o atleta vai ter ou não em antecipar vai depender de vários factores:
·      Do seu nível técnico e, nomeadamente, dos automatismos que já adquiriu no que diz respeito à gestão dos diferentes momentos do percurso.
·      Da dificuldade técnica do terreno e do traçado do percurso que poderá permitir a disponibilidade para uma tal antecipação, ou, ao contrário, exigir uma mobilização a 100% da concentração do atleta para o êxito do trajecto em curso. 


REFERÊNCIAS:
·      Jean-Daniel Giroux, 2003;
CONTINUA …






CRIAR UMA BIBLIOTECA DE IMAGENS MENTAIS

“… actualmente, o que faz a diferença entre os orientistas de alto nível, é a velocidade com que
cada um constrói a sua imagem mental simplificada do terreno” – Thierry Gueorgiou

O orientista tem necessidade absoluta de armazenar na memória grande quantidade de imagens do terreno com a correspondente associação aos diferentes símbolos do mapa. Esta competência ultrapassa largamente a simples aprendizagem da legenda.
Mesmo com poucas saídas para a floresta o orientista iniciado aprende rapidamente o significado da maioria dos símbolos. Mas isto é insuficiente para lhe permitir uma boa relação mapa-terreno, exigida pela competição.

Por exemplo: no estádio inicial de aprendizagem, a leitura da cor amarela do mapa apenas lhe transmite um saber teórico – é por um esforço voluntário de memória (certamente simples) que ele irá reconhecer que se trata de áreas abertas. Isto leva a uma perda de tempo na leitura e compreensão do mapa.

Sabe-se também que o estado mental do orientista depende estreitamente da sua forma física: com a fadiga – a seguir a uma subida, no final da prova …  – a leitura é mais lenta e maior o risco de errar.

É preciso ultrapassar este nível inicial de aprendizagem e atingir o nível em que a leitura da cor amarela reenvie diretamente imagens mentais de terreno de área aberta. Isto só é possível se o atleta constituir uma biblioteca o mais fornecida possível de imagens mentais do terreno.

Esperar passivamente que se vão desenrolando as provas da época, é, seguramente, um meio pouco eficaz para se alcançar esse estádio de desenvolvimento mental – numa competição, a leitura do mapa e do terreno é muito seletiva e poucas associações se retêm do percurso (símbolo/imagem do terreno).

Será bem melhor fazer, por exemplo, longas saídas para a floresta, para se ir constituindo um bom repertório de imagens. O que interessa é ver no terreno o máximo de detalhes que se encontram desenhados no mapa – um pouco como se fossemos verificar o trabalho dos cartógrafos ou como se fossemos marcar um percurso:
·      “O que parece este pequeno arbusto marcado a verde 2 no mapa nesta zona branca ?” E esta fonte ? E esta pequena clareira ?
·      E esta outra clareira com vegetação rasteira ?
·      E esta terceira clareira que não tem limite ponteado ?
·      E esta encosta com curvas de nível muito juntas, seria preferível subi-la a direito ou correr de flanco ?”
·     

É necessário “gastar” tempo a observar com pormenor os elementos do terreno, experimentar “vivê-los” como em corrida – grau de inclinação das encostas, penetrabilidade da vegetação, humidade dos terrenos alagadiços, instabilidade das zonas rochosas …

Este exercício pode fazer-se a andar, sob a forma de “mapa- promenade”, como o fazem muitos orientistas de alta competição nos seus treinos técnicos durante os períodos em que se encontram lesionados e impedidos de correr. É também praticado na véspera ou na ante-véspera de uma prova importante aquando das “provas modelo”.

Nesta perspectiva, não é necessário com este exercício o orientista ter-se que deslocar centenas de quilómetros para aprender a orientar-se em terrenos muito técnicos. Um terreno cartografado com precisão, se possível com grande variedade de detalhes, é suficiente, mesmo se, por exemplo, as pequenas reentrâncias rendilhadas se encontrem junto à borda dos caminhos ou perdidas no meio da floresta.

O orientista não deve hesitar em sair para os mapas perto da sua residência, que ele crê conhecer de cor e salteado … pois eles constituem, sem dúvida, um suporte para uma completa exploração …

A partir do momento que se começa a construir uma importante colecção de imagens mentais, a relação mapa-terreno “nos dois sentidos” começa a simplificar-se:
·      A partir da leitura do mapa – antecipar os elementos do terreno que o orientista irá encontrar é mais fácil. Imagens precisas e relativamente fieis vêm instantaneamente ao espírito.
·      No decorrer do itinerário – torna-se bem mais fácil, a partir de um elemento do terreno visto mas não antecipado no mapa pelo orientista, saber como ele pode estar representado e de o situar no mapa. Constitui uma preciosa ajuda para o orientista se relocalizar no terreno.


CARTOGRAFAR MENTALMENTE

Torna-se necessário, portanto, antecipar o terreno a partir da leitura do mapa e observar o terreno para se situar no mapa.

É precisamente com o objectivo de se saber fazer bem esta relação “à posteriori” que a cartografia mental tem todo o sentido.

A partir do terreno que atravessa, o orientista deve ser capaz de imaginar como será simbolizada a zona no mapa, antes mesmo de o ler.

À visão da floresta deve subpor-se quase instantaneamente a imagem mental do mapa correspondente.

Tal como o cartógrafo, o orientista deve saber como se representa cada detalhe do terreno, seja qual for a sua natureza. Uma vez mais, é a representação do relevo que será mais complexa, sobretudo nas zonas “desfiguradas”. Donde a importância das sessões (treinos técnicos) “mapa-promenade” evocadas no ponto anterior.

Esta nova actividade constitui uma excelente aprendizagem de observação do terreno. Para poder desenhar um mapa mental o mais completo possível, a atenção do atleta deve focar-se em todos os elementos. De seguida é preciso relacioná-los:
·      Que ângulo forma o carreiro que eu sigo com as curvas de nível ?
·      Como evolui a densidade da vegetação na encosta ?
·      O limite do pequeno bosque está no declive ?
·     

Graças a este estimulante exercício, o orientista adquire rapidamente uma visão “aguçada” do terreno.

Claro que é necessário uma progressão nesta aprendizagem para o orientista adquirir experiência e criar uma biblioteca de imagens mentais bem fornecida.

Este trabalho pode efectuar-se, quer o terreno esteja cartografado ou não, ou quer o orientista corra a pé ou de bicicleta ou mesmo que viaje de carro. Cada viagem pode dar oportunidade à construção destas imagens mentais. É pois um método igualmente constructivo para continuar a progredir tecnicamente quando se está lesionado.

Se o orientista ficar convencido do interesse desta forma de treino, torna-se necessário alterar os seus hábitos – durante os footings, os treinos em bicicleta ou os trajectos para as provas – e desenvolver com regularidade esta capacidade fundamental para dominar a orientação.

E, evidentemente, fazer também exercícios de simulação ou com mapa durante os treinos – observação do terreno e relação mapa-terreno “a posteriori”. Basta imaginar como determinada zona do terreno, natural e variada, será representada no mapa de Orientação, com o máximo de detalhes (vegetação, relevo, detalhes pontuais e lineares).

Com a experiência, é importante cartografar uma zona cada vez maior, observando o terreno ao longe através das árvores. Estes exercícios podem fazer-se a andar, no ritmo do simples footing ou numa sessão de VMA. Podem ser feitos em grupo para se poderem comparar os detalhes de cada atleta.

Boa sorte

REFERÊNCIAS:
·      Jean-Daniel Giroux, 2003.



quinta-feira, 12 de abril de 2012

A ESCOLHA DOS ITINERÁRIOS (I)



Orientista = “máquina de fazer itinerários”

A Orientação é uma actividade em que o praticante decide sozinho, isto é, o orientista é o único responsável pelas suas tomadas de decisão (opções), assumindo e responsabilizando-se pelos seus êxitos e pelos seus erros e fracassos – aqui a “culpa” não é do árbitro …

“Orientação” é sobretudo a escolha de itinerários, através da leitura e interpretação do mapa e da relação deste com o terreno. Conceber, visualizar e gerir itinerários é uma das competências mais importantes do praticante de Orientação.

O orientista reconhece, analisa e compara diferentes itinerários entre os pontos de controlo, optando pelo que lhe oferece melhores condições de êxito em função das suas condições do momento – nível técnico e estado de concentração e fadiga (física e/ou mental).


Fazer o projecto do itinerário … porquê ?

Se o orientista sair de um ponto de controlo sem antes ter decidido o itinerário a seguir para o próximo ponto, terá com certeza de improvisar a cada instante, arriscando-se, seguramente, a complicar e a alongar o trajecto e a perder tempo.

 Para evitar atalhos inúteis, é preciso ter uma visão de conjunto do trajecto a seguir antes de agir, isto é, o orientista deve estabelecer um projecto de itinerário antes de deixar a baliza – neste momento deve já saber, globalmente, por onde vai passar para ir para o próximo ponto de controlo.

Este projecto de itinerário terá em conta diferentes parâmetros:

Evitar os obstáculos

O que fazer, se o orientista se deparar com obstáculos importantes no caminho – falésias, grandes desníveis, vegetação densa, rio … –  ?
·      Contorná-los
·     Atacá-los, servindo-se de um ponto de passagem referenciado no mapa: interrupção de falésia, passagem (colo), corredor de vegetação de cor mais clara, ponte …

Em 1º lugar importa que o orientista referencie previamente os obstáculos no mapa para evitar descobri-los de imprevisto à medida que progride no terreno.

Em 2º lugar deve ver se é possível contorná-los com rapidez – caso contrário, deve encontrar  uma opção (trajecto) que permita a sua transposição.

A leitura do mapa e a compreensão do relevo revelam-se por vezes operações delicadas: as passagens (colos), por exemplo, são muitas vezes difíceis de identificar no mapa para os principiantes – no entanto são excelentes pontos de referência no terreno e permitem atenuar os desníveis. 

Simplificar o problema

A Orientação é um verdadeiro jogo entre o traçador de percursos e o orientista. O traçador tenta colocar problemas. O orientista deve simplificá-los para poder deslocar-se o mais rapidamente possível.

Nesta perspectiva, o orientista deve construir o seu itinerário, selecionando apenas os elementos mais evidentes, simples de referenciar no terreno, para não sobrecarregar a mente (reflexão) e permitir uma corrida rápida.

Os corrimões (*)

Torna-se necessário de seguida referenciar os “corrimões” que estão globalmente alinhados no sentido da corrida: estradas, caminhos, linhas de água, limites de vegetação, alinhamentos de falésias, espigões, rupturas de encosta, taludes, reentrâncias … São estes os elementos mais preciosos que permitem avançar com segurança para o objectivo.

(*) Corrimão: elemento linear do terreno orientado na direcção do itinerário.

Os elementos característicos do terreno

São os elementos do terreno diferentes, que o orientista consegue referenciar geralmente com facilidade - conforme o relevo e a vegetação que os podem "mascarar - mesmo se eles são de dimensões reduzidas: pequeno bosque numa área aberta, clareira no meio de uma floresta, pequena colina isolada ...
O orientista deve pois, seleccionar os elementos do terreno mais visíveis e evidentes (sobretudo do relevo), que lhe permitam correr mais rápido e sem riscos de errar - deve procurá-los no horizonte o mais longe possível.


A Regra de Ouro da Orientação

Entre o conjunto de automatismos  que o orientista deve adquirir, podemos definir três principais, que constituem de alguma forma uma “Regra de Ouro” para se encontrar um posto de controlo:
·      Gastar o tempo que for necessário até identificar o problema colocado pelo traçador de percursos.
Antes de deixar o ponto de controlo, o orientista deve já ter escolhido – com mais ou menos precisão, conforme a complexidade do terreno e do traçado – o seu projecto de itinerário, em função do ponto de ataque do próximo ponto de controlo.
·     Antecipar – uma vez o ponto de ataque e o itinerário escolhidos, é graças a uma antecipação permanente, ao longo desse itinerário, que a deslocação poderá ser segura e rápida.
·   Ser rigoroso na aproximação (ataque) à baliza. O ponto de controlo deve ser encontrado de maneira segura e não fruto do acaso ou da sorte. É imperioso respeitar o ponto de ataque escolhido e passar realmente por ele. De seguida, o orientista deve deixar o ponto de ataque com uma imagem mental do terreno envolvente da baliza o mais clara possível. Enfim, é graças a um ritmo de corrida adaptado que permita a leitura do mapa com precisão, à utilização da bússola e à estimativa das distâncias se necessário, que a baliza será “descoberta”.


REFERÊNCIAS:
·      Jean-Daniel Giroux, 2003;
·      EFSM Macolin, 1993.

CONTINUA …