quinta-feira, 10 de maio de 2012

OS PERCURSOS PERMANENTES DE ORIENTAÇÃO (PPOs)


Trata-se de áreas equipadas em permanência para a prática da Orientação, onde são pintados ou espalhados várias dezenas de símbolos da Orientação em pontos característicos do terreno – balizas ou postes, que permanecerão no terreno muito tempo.

Permitem traçar múltiplos percursos e assim contribuir para a aprendizagem e descoberta da Orientação, ao ritmo de cada um, e também para a promoção da modalidade, dificilmente mediatizável.

Pela diversidade de percursos que se pode propor aos utilizadores, os PPOs destinam-se a todos os públicos: alunos das escolas, principiantes e praticantes de Orientação confirmados ou amantes das actividades de ar livre ou pessoas portadoras de deficiência motora – crianças, jovens, adultos e seniores.
O objectivo é escrever o nº de código do posto de controlo ou picotar no cartão de controlo.

Segundo Jorge Baltazar, a existência de percursos permanentes nas escolas e nos espaços verdes circundantes (parques, pequenos bosques, etc.) é de particular interesse para a abordagem da Orientação a nível curricular ou mesmo extracurricular e apresenta as seguintes vantagens:
·     A organização das aulas é facilitada – evita o trabalho longo e fastidioso que representa a colocação e recolha das balizas antes e depois de cada sessão;
·      É prático – menor tempo de gestão da actividade;
·  Possibilita a abordagem da Orientação por todos os professores, mesmo os menos habilitados tecnicamente;
·      Permite ter em actividade um número elevado de alunos de grupos de nível diferentes;
·      Permite que cada um aprenda e descubra a Orientação ao seu ritmo e sem pressões.
 
Desvantagens
·      As acções de confirmação da passagem pelo ponto de controlo são diferentes das utilizadas num percurso formal;
·   Pela razão anterior é possível confirmar a passagem pelo ponto de controlo sem ir ao local, se alguém que foi ao local disser qual é o código de letras (números ou objectos) inscrito no local. 


 
Pintar em elementos característicos do perímetro exterior da escola – edifícios, muros, bebedouros, bocas-de-incêndio, escadas e outros elementos característicos – o símbolo da Orientação com 10 a 15 cm de lado, no qual são inscritas letras ou números (códigos) que os alunos devem transcrever para o cartão de controlo.

Pintar um elevado número de postos de controlo, de forma a possibilitar a marcação de várias dezenas de percursos


 
PERCURSOS PERMANENTES EM PARQUES E FLORESTAS

No exterior, utilizar como material para fazer os postos de controlo, estacas em madeira tratada, do modelo indicado na figura ou similar, que são enterradas. Podem ser também utilizados outros materiais como por exemplo marcos de pedra, fitas ou mangas em plástico rígido que são colocados à volta dos elementos característicos.

Os PPOs na floresta são de acesso livre ao público e da responsabilidade dos praticantes. As crianças e jovens de menor idade deverão ser acompanhados sob a responsabilidade de um adulto.

Apresentam alguns riscos e perigos (de perder-se, acidentes sem auxílio/primeiros socorros, …) se os utilizadores menos preparados não forem cautelosos e não seguirem na prática as recomendações que devem estar anexas ou fotocopiadas no verso dos mapas.
Para o prevenir, e em primeiro lugar, é essencial respeitar a ordem dos postos e escolher o grau de dificuldade do percurso em função da experiência de cada um.
Sempre que possível, será importante implantar os PPOs próximo de estruturas de acolhimento e apoio aos seus utilizadores – cedência ou venda de mapas com ou sem percursos marcados, apoio técnico-pedagógico, balneários, telefone, acesso aos primeiros socorros, instalações sanitárias, etc.
Os praticantes terão assim à disposição mapas com todos os postos marcados, mapas virgens para poderem marcar os seus percursos ou ainda vários percursos marcados, adaptados ao seu nível de prática.
Assim, deverão existir percursos de vários graus de dificuldade – muito fáceis, fáceis, médios, difíceis – em função dos escalões etários e experiência dos utilizadores e das características da área:
·      Percursos acessíveis a pessoas com mobilidade reduzida;
·      Para crianças;
·      Para jovens e adultos;
·      Para praticantes de Orientação confirmados;
·      Percursos de competição.
Para decidirmos onde se devem colocar os postos devemos recorrer a técnicos especializados, da FPO ou dos clubes de Orientação locais – eles melhor do que ninguém saberão escolher e implantar no terreno os postos de controlo: os fáceis para os principiantes e os difíceis para os orientistas confirmados.

Devemos fazer a manutenção regular dos PPOs:
·      Substituição de picotadores ou postes vandalizados ou deteriorados;
·      Renovação da pintura de códigos apagados pelo tempo ou substituição por números diferentes;
·      Modificação do posicionamento dos postos;

Estes procedimentos deverão ser previstos desde o início da sua colocação, utilizando materiais adaptados.





Em situações particulares é ainda possível contribuir para a descoberta do património cultural do lugar ou da região – arquitectura, tradições, modo de vida; do património natural (fauna, flora); do património económico, histórico, etc.  – através de mapas, percursos e actividades adaptados.










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