COMO PERMANECER CONCENTRADO DURANTE A PROVA E EVITAR SER PERTURBADO ?
As discussões depois das provas e a experiência mostram que, demasiadas vezes, mesmo os orientistas experientes se deixam desconcentrar.
Quantas vezes já não ouvimos dizer à chegada: “Ia tudo bem. E depois vi uma baliza, dirigi-me a ela, mas não era a minha. Depois nesta pequena colina, para saber onde estava, perdi 10 minutos …”. Ou então: “Até ao 5º, tudo porreiro, nada de erros. Cinco estrelas. Mas para o 6º, entusiasmei-me. Desci nesta reentrância pensando que era a outra. Resultado: 6 minutos perdidos !”.
Os últimos pontos de controlo e particularmente o penúltimo, são frequentemente fontes de perturbação para os atletas. À fadiga física junta-se a excitação do fim da prova. Sabe-se que a chegada está próxima e por vezes ouve-se já o speaker.
Outro exemplo, as provas de sprint encadeiam muitos pontos a curta distância e favorecem o contacto visual entre os orientistas, o que constitui frequentemente uma outra causa de perturbação.
Podemos agrupar os factores de desconcentração em duas categorias:
· Internas: fadiga, dor, sede, euforia, pensamentos repetidos dentro da cabeça …
· Externas: outros orientistas, outras balizas, animais, pormenores …
Mas, quer se trate de elementos internos ou externos, a desconcentração aparece a partir do momento em que o espírito não está ocupado. É por isso que a antecipação é um remédio perfeitamente adequado. O espírito fica então ocupado com imagens mentais simples e sucessivas que servem de objectivos intermédios.
A antecipação possui uma outra virtude psicológica: a auto-confiança. Esta confiança vai permitir ao orientista correr inconscientemente mais depressa. Com efeito, em Orientação, numerosos factores fazem abrandar a corrida, nomeadamente a dúvida que se pode instalar na cabeça do orientista: “Estou realmente no sítio onde penso estar ? “. Suprimir esta dúvida é aumentar o ritmo da corrida.
Contudo, esta auto-confiança não deve ser exagerada e não levar o atleta a cometer outros erros, tais como, o de pensar que o mapa está mal cartografado ou que o ponto está mal marcado …
REFERÊNCIAS:
· Jean-Daniel Giroux, 2003;
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