OS DIFERENTES TIPOS DE PERCURSOS
EM ORIENTAÇÃO
PERCURSO GUIADO
Um mapa para cada aluno com um “Percurso em
Linha” (“Line-O”) marcado (linha contínua a vermelho).
O
professor dirige o grupo/turma, sendo possíveis várias situações:
·
O
professor insiste sobre os seguintes aspectos:
v
Orientação
permanente do mapa. Reorientá-lo a cada mudança de direcção.
v
Relação
da simbologia do mapa com o terreno.
v
Escala.
Relação da distância percorrida com a distância no mapa.
·
No
decorrer do exercício far-se-ão várias paragens para resolver dúvidas,
supervisionar a orientação correcta do mapa e interpelação dos alunos sobre o
ponto onde o grupo se encontra no momento, assim como sobre a identificação dos
elementos característicos no mapa (relação mapa/terreno).
·
Percurso com paragens frequentes para o professor fazer o
balanço/avaliação dos conhecimentos dos alunos sobre técnicas de base de
orientação.
·
Pontos de paragem previamente seleccionados e marcados no mapa
pelo professor (P1, P2, P3, …).
v
Os alunos correm para esses pontos à vez ou todos ao mesmo
tempo.
v
O professor faz perguntas à vez: comparar os elementos
característicos com os símbolos do mapa (legenda); confirmação do domínio de
cada aluno sobre as técnicas básicas de orientação.
PERCURSO BALIZADO
Objectivos
· Para
principiantes – para ultrapassarem a ansiedade e a angústia de errarem ou de se
perderem ou estarem sozinhos na floresta.
·
Estabelecer
a relação mapa/terreno.
· Aprender
a observar – reconhecer e nomear os elementos característicos do terreno e
aprender os símbolos convencionais que os representam no mapa.
· Orientar o mapa pelo terreno, a partir de elementos característicos.
· Orientar o mapa pelo terreno, a partir de elementos característicos.
· Balizar
em pontos característicos bem visíveis com fitas bicolores de cerca de 80cm de
comprimento.
·
Pode-se,
simultaneamente, utilizar o mapa, traçando ou não o percurso.
· Pode-se
igualmente, na primeira vez, efectuar um prévio reconhecimento do terreno –
Percurso Guiado.
Particularidade
· Esta
forma de trabalho utiliza-se sobretudo nas primeiras sessões de iniciação – em
mapas simples ou em mapas da floresta. Em espaços pouco ou nada conhecidos,
permitem “deixar” no terreno todos os alunos duma turma sem correrem riscos – desde
que, com a devida antecedência, os potenciais “perigos” sejam bem identificados
e balizados pelo professor.
·
Mesmo os
alunos mais medrosos não têm medo de se perder dado que deverão seguir um
itinerário balizado e em grupo.
·
As fitas
balizadoras serão colocadas prioritariamente nos pontos de decisão (mudanças de
direcção).
PERCURSO em “ESTRELA” (IDA E VOLTA)
Bastante seguro para os principiantes. O
professor sabe a qualquer momento onde se encontram os alunos. Ele controla com
precisão um quadro de controlo, de dupla entrada, informando-o sobre os grupos
e as balizas procuradas.
Vários
postos de controlo são colocados à volta de um ponto central (partida e
chegada).
Cada
participante recebe um cartão de controlo e um mapa com todos os postos marcados,
numerados de 1 a
“n” e com o respectivo código.
Os participantes partem todos ao mesmo tempo
à procura do 1º posto, diferente para cada aluno/grupo, regressando ao ponto de
partida/chegada, onde avaliarão o picotado/código do posto. Seguidamente partem
à procura do 2º posto e assim sucessivamente.
Objectivos:
·
Habituar-se
a navegar em terreno desconhecido, sem a presença do professor.
·
Pôr em
prática as técnicas básicas de orientação relacionadas com o mapa e/ou com a
bússola - orientar o mapa pelo terreno; técnica do polegar; dobragem do mapa,
azimutes, azimute de retorno, etc.
·
Realizar
percursos individualmente ou a pares, sem se deixar influenciar pelos outros
participantes.
Particularidade:
·
Dá muita
confiança/segurança ao principiante. Esta forma de trabalho permite o controlo
e a ajuda regular aos alunos, dado que estes terão que passar no ponto central
(partida/chegada) após cada baliza onde está o professor. O professor - que
estará disponível para apoiá-los em função das dificuldades detectadas. Além do
mais, evita os fenómenos de “amontoamento” dos alunos nos postos e de “colagem”
no decorrer da tarefa.
Avaliação:
·
Avaliação
formativa: cada posto poderá corresponder a um tipo de problema/aspecto técnico
particular. Verificar-se-á, assim, os pontos fortes e fracos de cada aluno.
·
À
chegada os alunos têm à disposição as “chaves/soluções” dos percursos
(picotados/códigos) e o apoio (feedback-pedagógico) do professor.
PERCURSO EM BORBOLETA (EM TREVO)
Objectivos:
· Habituação
à corrida em terreno pouco conhecido ou desconhecido, sem a presença do
professor (a pares ou sozinho).
·
Resolução
dos problemas de orientação de precisão: orientação do mapa pelo terreno,
leitura do relevo, etc. ou outros: azimute-distância, pontos de ataque, etc.
·
Iniciação
à corrida em percurso formal.
Descrição:
·
A mesma
organização que o percurso em “estrela” – é de todo conveniente que os alunos
tenham passado primeiro por situações deste tipo.
·
São
montados no terreno e traçados nos mapas pequenos circuitos de 2, 3 ou 4 postos
com a partida e a chegada comuns, de preferência central.
·
Cada
aluno, recebe um cartão de controlo adaptado à actividade e um mapa com uma
“asa” ou “folha” do “Percurso em Borboleta/Trevo”. O aluno deve anotar no
cartão a letra identificadora do percurso.
·
Todos os
participantes partem ao mesmo tempo, com percursos diferentes e realizam a sua
1ª asa/folha.
·
As
partidas serão efectuadas de 2 em 2 minutos, havendo 4 (ou mais) percursos
diferentes.
·
O aluno
retorna ao ponto de partida depois da realização de cada pequeno percurso.
·
Terminando
o 1º percurso, o aluno fará a avaliação e partirá para realizar novo percurso.
Particularidades:
·
Este
exercício, realizável em todos os níveis de prática, permite controlar
regularmente o trabalho dos alunos, dado que eles passam pelo ponto central,
onde se encontra o professor, após a realização de cada asa/folha. O professor
pode pois ajudá-los, tornar a explicar, fazê-los recomeçar ou adaptar o
exercício, para um menos complexo segundo os resultados. Isto evita fenómenos
de amontoamento nos postos e os alunos nunca estarão muito longe do professor.
·
É fácil
verificar, no momento da partida, se os alunos mais fracos, partem na direcção
correcta.
Avaliação:
·
Auto
avaliação imediata: à chegada os alunos têm à disposição as “chaves” dos
percursos (picotados ou números dos códigos), o que lhes permite verificar se
os postos encontrados estão correctos ou não.
·
Esta
forma de trabalho tem o mérito de desenvolver a auto-confiança aos alunos,
realizando muitos percursos auto avaliados e deixando o professor disponível
para observar os alunos no seu conjunto e apoiar aqueles com mais dificuldades.
· Permite
a avaliação formativa: cada percurso-asa, pode corresponder a um tipo de
problema particular e o professor verificará assim os pontos fortes e fracos de
cada aluno.
·
Poder-se-ão
fazer percursos em “Borboleta” com mais do que 4 “asas”.
PERCURSO EM BORBOLETA EM EQUIPAS DE TRÊS (Variante do Percurso em
Borboleta)
·
Apenas
os postos ponteados são obrigatórios para os três elementos.
PERCURSO EM CIRCUITO
O mais
clássico.
O local da
chegada poderá ser diferente do local da partida (mais complicada de gerir).
As partidas
são dadas regularmente em intervalos de 2 em 2 minutos ou 1´30´´ ou 1´.
Para ganhar tempo o professor poderá dar as
partidas nos dois sentidos; ou traçar vários percursos com o mesmo número de
balizas.
Prova
individual. Percursos por escalão/sexo. Classificação: por escalão/sexo.
Ficha de sinalética, impressa no mapa.
Objectivos:
· Orientar
permanentemente o mapa e situar-se em cada ponto característico ou posto de
controlo.
· Escolher
as opções mais seguras na construção do seu itinerário e deslocar-se em
corrida.
· Tentar
resolver os problemas sozinho em caso de dificuldade. Em caso de dúvida
regressar ao último ponto conhecido.
·
Respeitar
as regras do “Espírito da Orientação”.
·
Realizar
individualmente o mais depressa possível um percurso formal de Orientação com
10 postos de controlo, passando por todos os postos e pela ordem imposta.
· Parar em
cada posto o menos tempo possível, verificando em primeiro lugar se o código da
baliza corresponde ao posto procurado e picotando de seguida o cartão de
controlo na casa correspondente.
·
Partidas
em intervalos regulares.
· Utilização
de ficha de sinalética, com descrição simbólica/gráfica e código dos postos de
controlo. Nos escalões mais jovens esta descrição gráfica pode ser acompanhada
por uma descrição textual do posto de controlo.
· Os
alunos que falharem um só código que seja, serão desclassificados.
PERCURSO PERGUNTA-RESPOSTA (Variante do Percurso em
Circuito)
· Cada
aluno/par recebe um mapa com um percurso, um cartão de controlo adaptado a este
tipo de percurso, picotando e respondendo às perguntas que se encontram em cada
posto de controlo, na opção escolhida (a, b ou c), correspondente a cada posto.
· Será
contado o tempo de chegada. Para cada resposta errada acrescentar-se-á 5
minutos de penalização ao tempo realizado.
Objectivos:
·
Colocar
os alunos em situação similar à das provas formais de orientação.
·
Avaliar
alguns conhecimentos teóricos sobre orientação.
Material:
· Mapas da
área dos percursos escola e respectivas “chaves/soluções”;
·
Cartões
de controlo adaptados à actividade;
·
Balizas
com picotadores e com cartões/perguntas.
Avaliação:
À chegada
os alunos têm à disposição as “chaves/soluções” dos percursos (código picotado
de cada posto e respectiva solução de cada pergunta) e ser-lhe-á tirado o tempo
do percurso.
PERCURSOS A PARES
(Variante do Percurso em
Circuito)
A mesma organização que o Percurso em
Circuito.
Balizas obrigatórias para os dois elementos do par
As balizas representadas com o círculo são para um só elemento do par.
PERCURSO COM “NINHOS” DE BALIZAS
Mais
adaptado e utilizado à Orientação na floresta.
·
Descobrir
uma só baliza por ninho.
·
Cada
baliza do ninho tem uma dificuldade e um valor diferente:
- Baliza 1: sobre a “linha de segurança” = 1
ponto.
- Baliza 2: perto da “linha de segurança” = 2
pontos.
- Baliza 3: longe da “linha de segurança” = 3
pontos.
·
Traçar
vários percursos de nível de dificuldade diferente.
CORRIDA “SCORE”
Postos
espalhados à volta do ponto de partida/chegada.
Os alunos partem ao mesmo tempo – partida em
massa – e tentam descobrir, num tempo limite, o maior número de postos possível,
aos quais são atribuídos valores (pontos) diferentes. No entanto, há algumas
variantes (VER mais abaixo).
Quem ultrapassar o limite de tempo estipulado
é penalizado e quem chegar antes é bonificado, segundos critérios a definir.
Geralmente basta o tempo de chegada para atribuir as classificações (depois de
verificado o rigor da picotagem).
Os postos
têm valores diferentes segundo o seu grau de dificuldade técnica e distância em
relação ao ponto de partida/Chegada.
O valor de cada posto está indicado no próprio
mapa ou numa ficha que acompanha o mapa.
Objectivos
·
Gerir o
tempo da prova.
· Avaliar
os seus próprios recursos para construir o seu projecto – dificuldade técnica e
afastamento dos postos em relação às suas capacidades.
· Efectuar
o melhor itinerário possível, reduzindo as paragens em duração e em número.
·
Afinar a
leitura do mapa.
· Seguir
com o seu projecto sem se deixar influenciar pelos outros.
·
Realizar
o melhor score possível num dado
tempo, picotando balizas de pontuação variável, segundo o seu afastamento e
dificuldade técnica.
Material
· Colocar
15 balizas no terreno, com diferentes valores (pontos), em função do seu
afastamento e dificuldade técnica.
·
Penalização
de –5 pontos, por minuto a mais em relação à hora estabelecida de chegada.
Particularidade
·
Trabalho
individual ou a pares.
·
Cada
aluno/par possui um mapa com o valor e o código de cada baliza onde figuram
todos os postos e um cartão de controlo.
·
Os
alunos deverão escolher 12 balizas (por Exº) e identificá-las no cartão de
controlo pelos respectivos códigos.
·
Deverão
também traçar o seu projecto de itinerário no mapa – ligar os postos entre si
numa ordem lógica.
· Depois
deverão formalizar o seu projecto e estabelecer uma hora de partida junto do
professor.
·
O aluno
tem 10 minutos (por Exº) para realizar o seu projecto.
· O aluno
tem a possibilidade de picotar outras balizas não seleccionadas à partida.
Estas só serão tidas em conta se o aluno realizar o seu projecto inicial.
Avaliação
·
Percentagem
de postos encontrados em relação ao projecto estabelecido e ao número de
balizas total.
·
Pontuação
obtida.
Variante 1
·
Trabalho
individual ou a pares.
·
Cada
aluno/par possui um mapa com o valor e o código de cada baliza onde figuram
todos os postos e um cartão de controlo.
·
Os
alunos deverão escolher 12 balizas (por Exº) e identificá-las no cartão de controlo
pelos respectivos códigos.
·
Deverão
também traçar o seu projecto de itinerário no mapa – ligar os postos entre si
numa ordem lógica.
· Depois
deverão formalizar o seu projecto e estabelecer uma hora de partida junto do
professor.
·
O aluno
tem 10 minutos (por Exº) para realizar o seu projecto.
· O aluno
tem a possibilidade de picotar outras balizas não seleccionadas à partida.
Estas só serão tidas em conta se o aluno realizar o seu projecto inicial.
Variante 2 – “Score 100” :
· Postos “espalhados”
à volta de um ponto central de partida/chegada.
·
Os
alunos partem ao mesmo tempo – partida em massa – e tentam descobrir o número
de postos que, em função do seu valor totalize 100 pontos – num tempo limite (10 a 20 minutos, p. exº).
·
Quem
ultrapassar este limite é penalizado e quem chegar antes deste limite de tempo
é bonificado, segundos critérios a definir. Geralmente basta o tempo de chegada
para atribuir as classificações (depois de verificado o rigor da picotagem).
· Os
postos têm valores diferentes segundo o seu grau de dificuldade técnica e
distância em relação ao ponto de partida/Chegada.
·
O valor
de cada posto está indicado no próprio mapa ou numa ficha que o acompanha.