QUALIDADES FÍSICAS
REQUERIDAS AO PRATICANTE DE ORIENTAÇÃO DESPORTIVA
Qualidades Adaptativas – o orientista deve adaptar-se à
imprevisibilidade da topologia do todo-terreno:
·
Amplitude da passada
·
Frequência da passada
·
O tempo de apoio
·
A simetria do movimento dos braços
·
A elevação dos joelhos
·
O grau de flexão das pernas
·
A inclinação do tronco, …
Estes parâmetros necessitam de
uma capacidade de coordenação e flexibilidade articulares tronco/membros na transposição dos obstáculos naturais: trepar a um
rochedo, saltar um ribeiro, desembaraçar-se rapidamente de um lodaçal, ou de
silvas, …
Qualidades
Kinestésicas – as diferentes naturezas do solo
(arenosas, pantanosas, lodosas, secas, …) e os terrenos acidentados solicitam
permanentemente os músculos dos tornozelos e dos joelhos. Deve reforçar-se a
proprioceptividade: para a manutenção da postura em corrida ou durante um apoio
unipedal na transposição de um obstáculo … (muitos orientistas sofrem entorses
nos tornozelos em competição, por falta de reforço muscular proprioceptivo).
Qualidades
físicas de Resistência Aeróbica – os tempos de corrida
variam, no melhor dos casos, entre 12 a 135 minutos – as qualidades físicas de
resistência aeróbica (endurance) são necessariamente de reforçar.
Qualidades de Força Resistente – o
orientista mantém durante muito tempo (135 minutos) posturas de carga fraca, na
leitura do mapa:
·
Posição dos braços entre os 75 e os 95º, para segurar o mapa e a bússola –
trabalho do braquial anteterior, dos bicípites/tricípites, do longo supinador,
do pronador redondo …
·
Inclinação da cabeça entre 10 e 30º, durante os momentos das leituras,
mobilizando principalmente os músculos da nuca (trapézio …), dos braços (longo
supinador, bicípites,)
·
E uma inclinação do troco, compreendida entre:
§
0 e 10º,
durante as subidas
§
0 e 20º,
nas descidas
Estas posições podem ter de ser mantidas durante 135 minutos
(elites) ou mesmo até mais tempo (para os orientistas de outras categorias) –
os erros técnicos aumentam a duração da prova.
A preparação física de reforço da força resistente deve
incidir principalmente sobre os músculos abdominais, dorsais, quadricípites e
posteriores da coxa.
Capacidade de Resistência Aeróbica – os
processos energéticos lácticos intervêm quando o orientista está:
·
Em terrenos de grande desnivelamento, lodosos,
arenosos ... – quando a velocidade é
muito elevada, a glicólise anaeróbica intervém.
·
Na sua velocidade óptima (“cruzeiro”)